Do Jornal Razão - O governo argentino declarou estado de emergência nas províncias de Salta, Catamarca, La Rioja e Córdoba devido a uma infestação maciça de gafanhotos.
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Esses insetos, avistados em grandes números, geram preocupação devido à sua alta densidade populacional, embora até agora não haja sinais de que estejam se espalhando para outras regiões.
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No Brasil, particularmente no Rio Grande do Sul, as autoridades estão atentas e monitorando a situação. Entretanto, especialistas consideram o risco de invasão baixo. "As temperaturas frias e o clima atual desfavorável tornam a entrada dos gafanhotos no estado quase impossível," afirma a Dra. Kátia Matiotti, especialista em taxonomia de gafanhotos e entomóloga pela PUCRS. Ela também menciona que as recentes enchentes e os dias frios não criam um ambiente atraente para esses insetos.
Os gafanhotos da espécie Schistocerca cancellata são conhecidos por sua capacidade migratória, formando grandes enxames que podem se mover até 150 km por dia em busca de alimento e condições adequadas para a reprodução. "O aquecimento global e o desequilíbrio ambiental são fatores que promovem a formação desses enxames," explica Matiotti. "Altas temperaturas, ambientes secos e a ausência de predadores naturais, como pássaros e sapos, são fatores significativos."
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Embora não representem uma ameaça direta à saúde humana, os gafanhotos são extremamente danosos às lavouras, afetando culturas permanentes, hortaliças e monoculturas como trigo, aveia, café, arroz e cevada. "A vigilância e o controle são fundamentais para proteger nossas plantações e garantir a segurança alimentar," conclui Matiotti.
Veja o vídeo: