Do Auto Esporte - Você já ficou com pulga atrás da orelha ao receber uma cotação de adesão ou renovação do seguro automotivo? Existem formas de descobrir se está pagando um valor elevado e arrumar um desconto? Por que o seu vizinho pode pagar menos pelo seguro se vocês moram no mesmo condomínio?
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Como o preço do seguro é definido?
Segundo João Fernando Cuco, coordenador de preços da Youse, o valor do seguro tem caráter individual para cada motorista. “O preço do veículo, a região de circulação e até o comportamento do segurado são alguns dos fatores que impactam diretamente no valor da apólice”, esclarece o executivo.
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Manes Erlichman, vice-presidente da Minuto Seguros, diz que as apólices não fazem juízo de valor e que os preços são definidos por questões estatísticas. “Motoristas jovens são mais imprudentes e costumam se envolver em batidas. Quando saem à noite, estacionam o carro na rua, onde ele estará mais vulnerável”, diz.
“Mulheres se envolvem em menos acidentes, e quando acontecem, costumam ser batidas mais leves e fáceis de reparar. Por isso pagam menos no seguro do que homens. Essas questões são estatísticas, baseadas em dados.”, afirma Erlichman.
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Como saber se estou pagando caro no seguro?
O valor da apólice pode apresentar variações de um ano para o outro, mas segundo os especialistas, trata-se de um comportamento normal de mercado, “Uma boa medida para saber se o seguro está caro é a chamada Taxa Comercial. Isto é, o preço do seguro sobre o valor do carro. Quando acontece uma renovação, por exemplo, o valor do seguro pode aumentar, mas porque talvez o valor do carro tenha aumentado”, diz João Fernando, da Youse.
O executivo também diz que modelos de luxo ou carros clássicos, que apresentam maior dificuldade de encontrar peças para troca e reposição no mercado, e veículos com altos índices de roubo também podem resultar em um valor mais alto.
Estudar a apólice com o corretor é uma forma de encontrar brechas para economizar, mas isso deve ser feito com cuidado. “O cliente pode reduzir a quilometragem do guincho, por exemplo. Mas se ele mora na região Centro-Oeste e faz muitas viagens, isso pode se voltar contra ele”, diz Erlichman.
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“O mesmo se aplica ao carro reserva. Muitos motoristas têm mais de um carro ou preferem o deslocamento pelos aplicativos de carona”, afirma o executivo. “Se isso não for algo imprescindível para o cliente, o serviço pode ser removido da apólice”.
Alguns seguros automotivos também oferecem serviços residenciais que são dispensáveis. “Se o cliente julgar que a cobertura para eletrodomésticos não é necessária, ela pode ser removida do plano para reduzir o preço”, afirma.
Se o preço do seguro continuar alto, mesmo com a retirada dos serviços residenciais, do carro reserva e da quilometragem do guincho, o cliente pode buscar alternativas mais agressivas. “Os vidros do carro podem ser retirados da cobertura, mas o cliente terá que arcar com as avarias”, diz Erlichman.
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Alguns planos permitem até que o motorista altere a apólice de seguro de acordo com a necessidade. "Oferecemos modalidades de seguro em que o cliente consegue fazer a gestão ativa da apólice, adicionando ou removendo coberturas e assistências que forem necessárias”, afirma João Fernando, da Youse.