Do G1 - É na gelada Noruega, terra dos vikings e dos fiordes, que fica um banco mundial de sementes, o Svalbard Global Seed Vault (ou Silo Global de Sementes de Svalbard).
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Atualmente, estão armazenadas lá cerca de 1,2 milhão de amostras de sementes, vindas de quase todos os países do planeta, mas o local tem capacidade para 4,5 milhões de variedades de culturas. Cada pacote possui, em média, 500 sementes. O objetivo, segundo o site oficial, é guardar toda essa "coleção" para "garantir a base do nosso futuro alimentar".
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Quase tudo que se planta e se colhe ao redor do planeta está lá. São sementes idênticas às que os países guardam nos seus respectivos territórios. O local, com arquitetura imponente e enigmática, foi cenário da série "Noite Adentro" (2020/Netflix), quando um grupo, diante de uma catástrofe mundial, viaja para lá na expectativa de encontrar comida (sem mais spoilers.
Onde exatamente fica? No Ártico, a mil quilômetros do Polo Norte, na Ilha de Spitsbergen, no arquipélago de Svalbard, território norueguês.
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Também chamado de "arca de Noé dos vegetais", "cofre do apocalipse", "nações unidas das sementes", "congelador mais importante do mundo" ou "plano B da humanidade", o banco é uma construção com ar futurista e jeitão de bunker, tudo no meio do gelo.
Tem semente brasileira lá? Sim, e muitas! Tem arroz, feijão, caju, maracujá, sementes forrageiras (para alimentação animal).
"A gente já mandou mais de 5.000 amostras", diz Juliano Gomes Pádua, supervisor do Banco Genético da Embrapa.
A primeira remessa foi em 2012 e a mais recente em 2022.
"E esse ano estão indo mais amostras. A gente vai mandar em meados do ano para chegar lá e pegar a abertura de outubro. O banco abre três vezes no ano", explica Juliano em entrevista ao g1. "A gente vai mandar milho, arroz, feijão, trevo, que serve para alimentação animal..."
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Há outras sementes da América Latina: amostras de milho e feijão da Venezuela; de café da Colômbia; e de arroz da Guatemala e da Bolívia.
Por que guardar sementes? Desastres e guerras são algumas preocupações, mas não as únicas. As mudanças climáticas também vão exigir que as plantas se adaptem a mudanças extremas de temperatura, como falta de chuva ou chuva em excesso. Além disso há, ainda, a preocupação de armazenamento adequado e em temperaturas corretas, algo que nem sempre pode ser feito no país de origem das sementes.