Brasil
Integrantes do MST rendem policiais militares durante protesto no Paraná e imagens chamam atenção
PM confirmou que equipe policial foi retirada pelos manifestantes que utilizaram de força e agressão

Publicado em 20/10/2023 11:32 - Atualizado em 20/10/2023 11:32

Foto/Reprodução


Do TN Online - Dois policiais militares foram rendidos e retirados à força de uma manifestação por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nesta quinta-feira (19) em Guarapuava, na região central do Paraná. O caso foi registrado durante bloqueio feito pelo MST na PR-170. A pista ficou fechada por três horas nesta manhã antes de ser liberada. Vídeos circulam pelas redes sociais e mostram um dos PMs sendo levado pelos sem-terra no acostamento da rodovia. Veja abaixo. Em nota, o MST negou que fez policiais de reféns.

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Os dois PMs pertencem ao 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e tentavam negociar a liberação da rodovia. Eles foram arrastados pelo pescoço e retirados da pista pelos manifestantes, conforme nota da corporação. Eles foram liberados logo em seguida e passam bem.

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A manifestação teve início na tarde de quarta-feira (18), foi paralisada e depois retomada na manhã desta quinta-feira (19), na altura do KM 390. Apenas o tráfego de veículos de saúde foi permitido durante a manifestação.

Uma fila de 6 km de veículos chegou a ser formar no sentido Pinhão e 3 km de congestionamento sentido Guarapuava.

O MST afirma que o motivo da manifestação é "cobrar uma resposta efetiva do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Paraná] para a Reforma Agrária na região".

O movimento busca a regularização fundiária de 14 comunidades camponesas Sem Terra e de Posseiros, localizadas nos municípios de Inácio Martins, Pinhão e Guarapuava , na região central do estado, e Reserva do Iguaçu, no sudoeste .

Veja o video:

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NOTA DA PM

 

A PM-PR divulgou uma nota, confirmando as agressões.

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“Informamos que nesta quinta-feira (19), após nova interdição da rodovia PR 170, próximo do km 390, por integrantes do Movimento Sem Terra (MST), uma equipe deslocou até local e de maneira pacífica pediu para que os manifestantes liberassem a via, que é a única estrada de acesso a cidade vizinha de União da Vitória, sendo repassado aos manifestantes que há uma Liminar de Interdito Proibitório emitida pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Guarapuava proibindo o bloqueio da via.

 

Em momento posterior, conforme pode ser visto em vídeos que circulam pelas redes sociais, utilizando de força e agressão, os manifestantes retiraram a equipe policial do local. Os policiais envolvidos na ocorrência passam bem, nenhum deles foi feito refém e já se encontram na sede do 16º BPM.

No momento a via não está bloqueada, mas os manifestantes permanecem no local. Tendo mais informações, estas serão posteriormente repassadas a imprensa. Agradecemos a compreensão".

NOTA DO MST

 

O MST divulgou nota negando que tenha feito os policiais de reféns. Leia abaixo na íntegra.

"É falsa a informação que circula em redes sociais de que o MST teria feito policiais reféns na manhã desta quinta-feira (19), em Guarapuava (PR).

Cerca de 300 camponesas e camponeses Sem Terra bloqueavam parcialmente a PR 170, em Guarapuava, para cobrar uma resposta do INCRA-PR sobre a regularização fundiária de 14 comunidades da Reforma Agrária e de posseiros da região.

As comunidades estão localizadas nos municípios de Inácio Martins, Pinhão, Reserva do Iguaçu e Guarapuava, em 75 mil hectares de terras griladas por grandes proprietários. Cerca de 2 mil famílias camponesas vivem nas comunidades, algumas há mais de 30 anos, à espera da formalização dos assentamentos.

Os trancamentos começaram a ocorrer na tarde desta quarta-feira (18), com liberação do tráfego a cada 30 minutos e abertura imediata para ambulâncias e serviços de saúde em geral. Por volta das 10h30 da manhã desta quinta-feira, após diálogo com o Incra e a Polícia Rodoviária Estadual, a via foi totalmente liberada.

Uma reunião foi marcada para a tarde desta sexta-feira (20), em Guarapuava, com representantes da Ouvidoria Agrária Nacional, da Ouvidoria Agrária estadual e do Centro Judiciário de Soluções de Conflitos (Cejusc) do Tribunal de Justiça do Paraná."


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