Ao olhar nos olhos da jovem Anelize Kloster, de 29 anos, é possível notar com facilidade: o formato da pupila dela se assemelha ao de um felino.
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Não à toa, a característica é conhecida popularmente como "síndrome do olho de gato" – resultado de uma condição genética rara que pode atingir uma a cada 100 mil pessoas, podendo ou não comprometer a visão.
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A jovem mora em Guarapuava, região central do Paraná, e vive desde o nascimento com a doença, chamada coloboma e também conhecida no meio médico como síndrome Schmid-Fraccaro.
No caso de Anelize, as pupilas dos dois olhos não ficam no centro da íris, mas sim na parte de baixo do olho.
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A mudança de posição causa a impressão de que pupila dela é mais achatada, se aproximando do formato de filete que a pupila de um gato possui. Por coincidência ou não, a jovem contou que sempre gostou de gatos e teve vários em casa.
"Minha mãe contava pra mim que quando eu nasci, ele [médico] falou: 'Olha, nasceu uma gatinha!'", lembra.
30% da visão comprometida
A síndrome que afeta Anelize comprometeu 30% da visão dela no olho direito, porém, não chegou a atrapalhar a capacidade da jovem de enxergar.
Anelize Kloster, de 29 anos, tem síndrome do olho de gato — Foto: Eduardo Andrade/RPC
Segundo ela, o que atrapalha mesmo são outros distúrbios visuais, estes muito mais comuns: a miopia e o astigmatismo. Por conta deles, Anelize usa óculos de grau quando sente necessidade.
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"Eu nasci enxergando e enxergando bem! Posso dizer que eu enxergo normal, porque eu não sei como as pessoas enxergam, mas na minha visão eu enxergo normal igual a todo mundo", avalia.
Do G1