Do G1 - Gabriela Melo, de 29 anos, natural de Ubá, é um exemplo de superação para quem acredita que lutar para sobreviver é a melhor saída. A jovem contraiu uma infecção bacteriana ao pisar em espinhos que estavam atolados na lama, durante um dia de descontração em um sítio na cidade em que nasceu. Após 5 anos de luta, ela tomou a decisão de am,putar parte da perna para retornar à normalidade.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Era um dia comum de dezembro no sítio. Gabriela caminhava descalça, quando percebeu algumas fincadas no pé no momento em que pisou no barro formado após as típicas chuvas de verão na cidade mineira.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Os primeiros sintomas percebidos nos dias posteriores foram dores intensas nos pés e nas articulações, febre em torno de 40 ºC e fadiga. Ainda naquele mês, a moça procurou um especialista em ortopedia para garantir que não havia nada de errado.
Com pouca melhora, em 3 de janeiro de 2018, a jovem foi internada para verificar a real situação. Uma cardiologista acompanhou o caso e detectou a concentração de bactérias na válvula do coração, a partir do exame de ecocardiografia transesofágica.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Leia também
Também houve comprometimento do fígado e hemorragias em outros órgãos, obrigando Gabriela a passar por diversas transfusões de sangue. Com o agravamento da situação, ela foi transferida para a UTI, onde permaneceu em coma.
Controlada a infecção e já em casa, ela ainda passou por dias difíceis no tratamento, inclusive sem poder andar.
"As pessoas me ajudaram em tudo que podiam, principalmente minha família, porque eu fiquei muito limitada. Não estava andando depois que tive alta, eu fiquei com desnutrição severa, então tinha que comer de duas em duas horas", explicou.
Solução dolorosa
Daquele 2017 em diante, a vida de Gabriela nunca mais foi a mesma. Durante todo esse tempo, foram várias as dificuldades enfrentadas por ela na rotina diária.
Jovem passou por alguns processos de internação, inclusive na UTI — Foto: Gabriela Melo/Arquivo Pessoal
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Até que, em setembro deste ano, ela e a equipe médica optaram por uma dolorosa solução: amp,utar a perna.
"Ter que fazer curativo todo dia, amarrar sacola no banho porque não podia molhar o pé. Se tinha que viajar era um problema porque, às vezes, ia para a praia e não podia entrar na água, tinha que ter um cuidado com a areia..."
A necessidade do procedimento foi confirmada quando a médica que cuida da ubaense constatou uma osteomielite, inflamação do osso causada por infecção, que estava tomando o pé atingido pelos espinhos. Segundo a equipe médica, o novo caso clínico poderia comprometer novamente o coração em uma nova endocardite.