Um caso surpreendente ganhou destaque nesta semana, uma senhora de 86 anos foi até o hospital com suspeita de câncer, mas na verdade, ela estava com um feto morto em sua barriga. Inicialmente, a maior possibilidade para os médicos seria dar o diagnóstico de câncer para a idosa, já que a mesma possuía uma massa abdominal, mas após exames foi descoberto o feto papiráceo.
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O caso aconteceu em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, os médicos descobriram o estado da senhora após realizarem uma tomografia e no mesmo dia fizeram a retirada o bebê calcificado, porém a paciente não resistiu ao procedimento.
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A última vez que a idosa entrou em trabalho de parto foi há 56 anos, o que de acordo com uma estimativa da equipe médica sugere que a mulher tenha carregado aquele “bebê de pedra” por pelo menos 50 anos, tratando-se de um caso muito raro e quase único da medicina.
O nome correto para esse tipo de caso seria ‘Litopedia’, que é a consequência de uma gestação ectópica, quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero, e nesses casos, infelizmente a evolução do feto seria sempre para um óbito e, em casos raros e isolados, como este, pode haver a calcificação.
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De acordo com o portal Metrópoles, quando ocorrem esse tipo de situação é um efeito do próprio corpo da mulher, para se auto proteger de uma infecção, o sistema imunológico reconhece o feto como um corpo estranho e faz uma película protetora de cálcio em torno dele.
A senhora de 86 anos não resistiu ao procedimento de retirada, e segundo informações dadas pelo secretário municipal de saúde da cidade de Ponta Porã, Patrick Dezir, “a paciente morreu em decorrência de um quadro grave de infecção generalizada”.
Esse não é o primeiro caso conhecido, em 2019 médicos do Hospital de Aeronáutica do Rio de janeira se depararam com um caso semelhante da litopedia, e após uma pesquisa, foi constatado que existem apenas 330 casos de “bebês de pedra” conhecidos por todo o mundo e a incidência estimada para esse estado seja 0,0054% das gestações.
Existe possibilidade onde o feto calcificado pode não ser detectado por décadas e pode causar uma variedade de complicações, assim como foi o caso da idosa de Ponta Porã, como feridas, aderências ou massas no abdômen. Na maioria dos casos, o feto calcificado é identificado antes por uma radiografia abdominal.
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