Do UOL - A faxineira baiana Nilmaria Alves de Brito, de 42 anos, sempre gostou de usar roupas curtas. O hábito causou uma enxurrada de críticas depois que um vídeo dela viralizou no TikTok. Na imagem, Nilmaria aparecia na entrada de uma igreja evangélica, que frequenta há anos em Uberlândia (MG), com um vestido justo. Mas ela não deixou quieto: “Não tem pecado na minha roupa”, disse a Universa.
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“Desde muito pequena sou evangélica e não deixo minha religião por nada. Todos que me conhecem sabem que tenho muita fé. Sou casada, mãe de três filhas e agora tenho uma neta linda.
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Tudo começou com um vídeo que coloquei no TikTok entrando na igreja evangélica que já frequento há muito tempo. Estava com um vestido justo, mas não vi nada demais no modelo.
O vídeo viralizou e chegou a 2 milhões de visualizações.
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Logo que postei, o pessoal [na rede social] começou a me atacar. Falavam que aquilo era roupa de ‘periguete’. Nunca pensei em ver pessoas me xingando e me julgando sem nem me conhecer.
Eram muitos xingamentos, fiquei chocada e, cada vez que lia, me magoava. Alguns ainda descobriram meu Instagram e foram me ofender lá também. Estava perturbada com a repercussão, como tudo estava acontecendo
Roupa usada na igreja e que motivou críticas; ela apagou post depois Imagem: Arquivo pessoal
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Apaguei comentários, mas a cada momento surgiam novos ataques. Decidi desabafar no Instagram e muitos me apoiaram. Com o TikTok, porém, perdi o ânimo, quase não posto mais.
Na minha igreja nunca falaram nada, mas percebi algumas pessoas me olhando de um jeito diferente.
Não me importo e não me acho menos crente do que eles por isso
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Também acredito que muita coisa não vai para frente na minha vida por causa das roupas que uso, mas gosto de me vestir assim.
Acho que não consegui parcerias [como influenciadora nas redes sociais] porque muita gente acredita que evangélica tem de se vestir do modo que eles querem.
Ela é influenciadora e diz que perde parcerias pelas roupas que usa Imagem: Arquivo pessoal
Certa vez, estava fechando uma parceria com um salão de beleza cuja dona é evangélica e vai à mesma igreja que eu.
Ela falou que eu tinha de me vestir de modo mais decente e acabou desistindo de me apoiar. Acham que sou vulgar.
Posso estar como ‘periguete’ como eles falaram ou com um vestido até os pés: vou adorar a Deus da mesma forma.
E não vou mudar. Não tem pecado na minha roupa.”