Por Patricia Lages/R7 - No último sábado (08/08), Anitta compareceu, sem máscara, ao show lotado de Fred de Palma em um dos países com maior porcentagem de mortos por covid-19, a Itália. O feito rendeu as seguintes manchetes:
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“Anitta rebola muito o bumbum com as amigas em show lotado na Itália”
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“Anitta dança muito em show na Itália com amigas”
“Anitta chega para show na Itália vestindo look de 14 mil reais”
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“Na Itália, Anitta canta 'Paloma' em show de Fred de Palma”
Mesmo depois de postar fotos em diversos pontos turísticos do país, sempre sem máscara, a imprensa, aquela mesma que propaga noite e dia que você só pode sair em casos de extrema necessidade e jamais sem máscara, que cita que todos os países civilizados aderiram ao equipamento e que você deve manter distanciamento social, faz vista grossa quando quem quebra os protocolos de segurança é a musa do #fiqueemcasa, ou melhor #stayhome...
Anitta foi uma das atrações da live “Ao vivo pela vida”, que mandou você ficar em casa e fazer doações, que criticou o ministro do meio ambiente para “defender” a Amazônia, montando um clip que intercala frases como “a pior pandemia do século” com trechos de uma entrevista de Ricardo Salles, mostrando a “gravidade da situação” com direito a citação de número de mortos e tudo mais.
Mas uma coisa deve ser dita: Anitta mostrou a real, ou seja, que é uma pessoa que fala uma coisa e faz outra e que as regras para ela são diferentes daquelas que ela mesma dita para seu público. A maioria das celebridades do #vaipassar desrespeita os protocolos de forma privada, mas como Anitta faz tudo em frente às câmeras, esbanjou “geral” na hipocrisia.
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Agora, o que podemos dizer de uma imprensa que chama o presidente da república de genocida por entrar em uma padaria e que reduziu a inauguração de uma das obras mais importantes do país a manchetes do tipo: “Bolsonaro fica sem máscara”?
O que comentar sobre essa mídia que praticamente comemorou a marca das 100 mil mortes por covid-19, culpando o presidente por cada uma delas. Tudo isso, mesmo sabendo que em 4 de fevereiro o governo federal decretou estado de emergência para conter o coronavírus no Brasil, decreto este solenemente ignorado pela imprensa, por prefeitos e por governadores que não suspenderam o Carnaval. Naquela época, o coronavírus foi tratado como algo irrelevante e quem lucra alto com a folia botou panos quentes e seguiu adiante. Essa é a imprensa manipuladora, a mídia do “um peso, duas medidas”, onde hipocrisia é o que a gente vê por ali.