BOL - A atriz Bruna Hamú, 26, anunciou no fim de novembro que estava grávida de seu primeiro filho. A gestação não foi planejada e a atriz explicou durante uma entrevista no programa "Encontro com Fátima Bernardes" o porquê não esperava engravidar tão cedo: ela tomava pílula anticoncepcional desde os 16 anos. "Não sei o que aconteceu, se eu esqueci um dia… Antes, eu tomava uma mais forte e depois troquei por uma mais fraca", explicou.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, como a pílula anticoncepcional não é um método 100% seguro [ela tem 99,8% de eficácia] várias situações podem limitar a eficiência do medicamento na hora de proteger o casal de uma gravidez indesejada.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
"Muitos fatores externos diminuem a proteção da pílula, como uma baixa no sistema imunológico, algum problema de saúde que exija que a mulher tome certos medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios", explica.
Segundo o ginecologista, essas medicações são absorvidas e metabolizadas pelo fígado, assim como a pílula, portanto, ao ingerir todos os medicamentos juntos, eles competem para serem absorvidos pelo mesmo órgão, diminuindo a eficácia da pílula. "O mesmo acontece com quem toma bebida alcoólica uma ou duas horas depois de tomar a pílula, já que o álcool também diminui a metabolização do remédio, pois também usa o fígado", fala.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Leia também
Eventuais problemas estomacais que tenham provocado vômitos e diarreias também podem interferir na eficiência do medicamento. "Às vezes a mulher pode vomitar e a pílula ainda não ter sido absorvida no organismo por completo, o que também reduz a proteção", diz.
Uma das suspeitas de Bruna –de ter esquecido de tomar o medicamento algum dia—é, segundo Mantelli, um grande fator de risco. "A pílula só tem eficiência quando tomada todos os dias no mesmo horário. Não dá para trocar de horário sempre ou esquecer. Quando a mulher esquece de tomar por mais de 12 horas, já recomendamos, por pelo menos uma semana, o uso de camisinha para proteger contra gravidez indesejada, pois aumenta muito a chance de engravidar", explica.
Já a outra suspeita de Bruna –de ter engravido por trocar a pílula por outra com dosagem mais fraca--, Mantelli acredita que é infundada. "Independentemente da dosagem, todas as pílulas têm a mesma eficácia. O que precisa ter cuidado é na hora de trocar de remédio, pois o organismo precisa de um tempo para se adaptar com o novo medicamento. A recomendação é que, ao trocar de pílula, pelo menos no primeiro mês, o casal deve usar camisinha para prevenir a gravidez", explica.
Mantelli, no entanto, explica que usar camisinha sempre é recomendado, já que essa é a única forma de proteção contra DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). "A pílula anticoncepcional é eficiente para impedir uma gravidez indesejada, mas não uma DST", diz.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -