Por Leo Dias/Metrópoles - Após ser detida sob acusação de desacato e agressão contra a guardas municipais de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, a bailarina do Faustão Natacha Horana, de 28 anos, procurou a Coluna do Leo Dias para apresentar sua versão dos fatos.
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A este colunista, Natasha afirmou que não hão cometeu nenhum dos crimes. Ao contrário, ela acusa os agentes de segurança de agredi-la — “Estou toda roxa. Tenho marcas dele. Meu pescoço está roxo. Ele agiu de má-fé — e garante que vai processar o Governo do Estado de Santa Catarina.
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Confira a entrevista exclusiva e, ao fim, o posicionamento da Prefeitura de Balneário Camburuí sobre o fato.
Leo Dias – Boa tarde, Natacha.
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Natacha Horana – Boa tarde. Eu nem sei se vou conseguir conversar porque eu não paro de me tremer, não paro de chorar. Toda vez que recebo uma mensagem ou um vídeo, eu me acabo de chorar. Estou muito nervosa com tudo isso que aconteceu. Nunca imaginei em passar por uma coisa dessas. Entrou a guarda, fiquei assustada. Estava no meu quarto, não estava tendo festa. Eu fui almoçar com meus amigos, fui pra casa, chamei uma amiga pra ir lá. A gente estava conversando, eu estava cansada. Aí, começou a chegar um monte de… não um monte de gente, acho que umas seis pessoas. Eu estava no meu quarto, tinha voo cedo. Comecei a escutar uma confusão, uma barulheira e começou a bater muito forte no quarto. Falei: ‘Gente, o que está acontecendo?’. Começaram a bater muito, de chute. Eles arrombaram a porta. Eu assustada, morrendo de medo. Vi um cara filmando que nem é policial. Nem tinha mandado para entrar lá. Cadê o mandado? O que eles alegaram para entrar em uma casa com outra pessoa que nem é policial filmando tudo. E se eu estivesse pelada dentro do quarto?
Você diz que era uma reunião de seis e não 20 pessoas?
Não eram 20. No máximo oito.
Foi algum vizinho que chamou a polícia?
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Eu não sei. Não sei como eles foram parar lá.
Você não participava dessa reuniãozinha? Você estava no seu quarto trancada?
Não trancada. Eu estava no quarto, às vezes ia na cozinha, conversava com minha amiga. Mas eu estava no quarto, estava cansada.
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Mas os guardas municipais arrombaram a porta para entrar?
Arrombaram a porta para entrar. Eu abri a porta depois, comecei a filmar, fiquei assustada. ‘Gente, o que está acontecendo?’ ‘Tem um mandado de prisão para você’. ‘ O que que eu fiz?’. Eu não estava entendendo nada.
Tinha de fato um mandado de prisão?
Não, claro que não. Graças a Deus que filmei tudo. A brutalidade policial, mais uma vez, no Brasil. Qual o motivo deles ali? Por que eu? Se tinha 10, se tinha 20, como eles falaram, por que só eu fui para a delegacia? Em nenhum momento em agredi.
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