Do Extra - A funkeira Fernanda Rodrigues, de 43 anos, mais conhecida como MC Atrevida, morreu após fazer um procedimento estético em uma clínica em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. A cantora fez uma lipoescultura para retirar gordura das costas e injetar nos glúteos, que aconteceu no dia 16 de julho. Após dez dias, ela foi internada no Hospital municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, mas não resistiu e morreu na última segunda-feira, dia 27.
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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda chegou com fortes dores no último domingo, dia 26, e foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Ela morreu no dia seguinte e seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal.
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De acordo com a SMS, só um laudo do IML vai determinar o que causou o óbito. MC Atrevida foi enterrada nesta quarta-feira, dia 29, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. O caso é investigado pela 37ª DP (Ilha).
Em uma live pelo Instagram, Wania Tavares, dona da clínica e que se autointitula "Rainha das Plásticas", afirmou que vai aguardar o laudo com a causa da morte, mas que está tranquila.
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“Eu não gostaria de falar agora, eu gostaria de esperar os laudos. Porém, como vai sair na TV, eu já vou explanando porque vocês têm o direito de já saber. Uma MC fez um procedimento de hidrolipo, que é um enxerto de bumbum, na minha — não sou médica, sou empresária, dona da clínica — vinha relatando que estava doendo, se sentindo mal, fomos acompanhando o processo. No dia 26, ela veio a falecer num hospital na Ilha do Governador, que ela é de lá. Estou sem advogado ainda. Eu estou com a minha consciência supertranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente”, afirmou.
Filha perguntou o que foi injetado
Ainda durante a transmissão ao vivo em seu perfil, Wania relata uma conversa com a filha de MC Atrevida, após a mãe ser internada no hospital. A dona clínica leu parte da mensagem:
"Filha: Deixa eu perguntar, o que foi colocado na bunda dela? A médica que a atendeu disse que pode ter mistura?"
A "Rainha das plásticas" afirmou na live que "não coloca nenhuma mistura no bumbum de ninguém". Em sua defesa, Wania disse que, quando foi colocada a gordura, "já tinha alguma coisa lá e que misturou, por isso deu problema".
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"Quando se coloca silicone industrial, entra líquido, faz bolinhas e vai espalhando no corpo. Não estou dizendo que tem ou não, a médica que desconfiou", disse na live.
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Ao EXTRA, por telefone, uma das secretárias de Wania, chamada Monique, afirmou que a dona não vai se manifestar porque "está esperando o laudo sair". A funcionária disse ainda que a clínica "tem certeza de que prestou um bom serviço" à funkeira e vão "entender o que aconteceu com o laudo".
No dia 7 de julho, Fernanda publicou uma foto no Facebook ao lado de Wania em frente ao local onde realizaria a lipoescultura nove dias depois. A funkeira elogiou a dona do lugar:
"A braba tem nome. Rainha das Plásticas Vânia. Quer ficar com a beleza em dia? É aqui em Vila Isabel", escreveu na publicação.
Cremerj apura o caso
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar os fatos. Em nota, a assessoria informou que "o procedimento é sigiloso", seguindo as normas do Código de Processo Ético Profissional. O comunicado ainda afirma que, particularmente, para a realização de lipoaspiração, existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que obriga os médicos a possuírem formação cirúrgica em geral.
"Os que os médicos devem ter o bom senso de realizar apenas os procedimentos dos quais tenham conhecimento e capacidade profissional. O Cremerj entende e reforça a importância da qualificação profissional, que ocorre por meio da especialização: residência médica ou prova de título da sociedade de especialidade escolhida pelo médico", diz parte da nota.