A AstraZeneca, farmacêutica que desenvolveu uma vacina anticovid em parceria com a Universidade de Oxford, lamentou terça-feira (30) as mortes e os relatos de problemas de saúde que podem ter se dado por conta do imunizante. Segundo a empresa, a segurança do paciente é a “maior prioridade”. Eis a íntegra do comunicado.
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Em ação enfrentada na Justiça do Reino Unido, a AstraZeneca reconheceu pela 1ª vez que a vacina pode causar um “efeito adverso raro”. A farmacêutica é alvo de uma ação coletiva em que 51 famílias pedem indenização de até £ 100 milhões (cerca de R$ 650 milhões).
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Em comunicado ao Poder360, um porta-voz da empresa disse que novas informações de produto relacionadas à vacina anticovid foram adicionadas em abril de 2021, com a aprovação do órgão regulador de medicamentos britânico, para incluir a possibilidade de “em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia”. A atualização foi tornada pública à época.
“Com base no conjunto de evidências de ensaios clínicos e dados do mundo real, a vacina AstraZeneca-Oxford tem demonstrado continuamente ter um perfil de segurança aceitável e os órgãos reguladores de todo o mundo afirmam consistentemente que os benefícios da vacinação superam os riscos de efeitos colaterais potenciais extremamente raros”, disse.
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Chamada de TTS, a condição é caracterizada pela formação de coágulos de sangue e pode ocasionar o entupimento de veias e artérias.
Em uma carta enviada em maio de 2023 aos advogados de um dos requerentes do processo, a AstraZeneca disse que “não aceita” que a vacina cause TTS “ao nível genérico”, mas reconhece que a condição pode, em “casos raros”, ser um dos efeitos adversos do imunizante. A informação foi publicada pelo jornal britânico The Telegraph.
“O mecanismo causal não é conhecido”, declarou a farmacêutica. “Além disso, a TTS também pode ocorrer na ausência da vacina AZ [da AstraZeneca] (ou de qualquer vacina). A causalidade em qualquer caso individual será matéria para prova pericial”, afirmou.
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