Brasil
Doença celíaca impede garota até de entrar em padaria: 'Passei mal com farelo'
É autoimune, ou seja, o corpo entende que o alimento com glúten é uma am,eaça e começa a ata,cá-lo

Publicado em 23/02/2023 11:40 - Atualizado em 23/02/2023 11:40

Foto/Reprodução


Do UOL  -  Desde mais nova, Victoria Maldo Leite, 25, tinha diversos episódios de dor de barriga e de cabeça, além de desmaios. Na época, ela pensava que tinha relação com pressão baixa ou até mesmo que tinha comido algo que não caiu bem. Mas com o tempo os sintomas foram ficando mais frequentes.

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Quando tinha 15 anos, resolveu ir ao médico. Ele passou um remédio para refluxo que, ao invés de ajudar, piorou ainda mais —Victoria descobriu, depois, que o medicamento tinha glúten na composição.

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"Com isso, não conseguia comer direito. Perdi 10 kg em aproximadamente dois meses", lembra a advogada, que vive em São Paulo.

Como o quadro não melhorou, o médico pediu exames de sangue e a endoscopia, que avalia principalmente o estômago e a parte alta do intestino (duodeno). O resultado mostrou que o intestino estava todo inflamado. Foi quando o médico fechou o diagnóstico de doença celíaca.

Entenda a doença

É autoimune, ou seja, o corpo entende que o alimento com glúten é uma am,eaça e começa a ata,cá-lo. O intestino fica inflamado na presença dessa proteína encontrada em alimentos como trigo, cevada, centeio, aveia, e não consegue absorver os nutrientes.

Por isso que, entre os sintomas, muitos pacientes relatam distensão abdominal, náusea, diarreia, constipação, dor de barriga, perda de peso e falta de apetite. Em alguns casos, a pessoa pode ser assintomática.

Para diagnosticar a doença, os médicos avaliam histórico do paciente, além de exames de sangue e imagem (endoscopia digestiva alta).

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Tratamento envolve dieta sem alimentos com glúten.

Com isso, Victoria precisou cortar os alimentos com glúten do cardápio. No caso dela, outro resultado da ingestão da substância era o corpo cheio de bolinhas, principalmente no pescoço, peito e costas —um quadro chamado de dermatite herpetiforme, condição associada à doença celíaca.

"Passei mal em ambiente com farelo do pão"

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Um dos problemas é a contaminação cruzada. Quando algum alimento que Victoria vai comer, por exemplo, é colocado em um recipiente que não foi lavado anteriormente ou adequadamente e que contém resquícios de glúten, ela passa mal. "A batata frita é um exemplo. Ela não tem glúten, mas se for feita em um óleo que fritou algo com glúten e eu comer, vou passar mal.

Então, meu único tratamento é uma dieta 100% livre de glúten, além do acompanhamento médico com endocrinologista e gastroenterologista."

E a padaria, cheia de pães e outros produtos com glúten? "Nem pensar", diz Victoria. Ela não pode nem passar perto, muito menos entrar: Uma vez, aliás, passou mal só de estar em um ambiente com pessoas comendo pão francês.

"Não posso usar nem a mesma toalha de mesa que foi utilizada para o consumo de alimentos com glúten. Já tive situações de passar mal com o farelo de pão que meu pai cortou na cozinha enquanto estava no quarto."


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