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Endocrinologista revela o que causa a gordura no fígado; Muitos não desconfiam
Quando se fala em gordura no fígado, é normal fazermos uma associação única a alimentos gordurosos, o que pode ser um grande engano

Publicado em 21/08/2022 12:06

Foto/Reprodução


Do Metropoles - Quando se pensa em gordura no fígado, é normal fazermos uma associação a alimentos gordurosos, como batata frita, carne à milanesa, bacon, banha de porco, chocolate ou peixe frito. Mas é aí que pode morar um perigoso engano. De acordo com a endocrinologista Paula Pires, o que aumenta a gordura no fígado, na verdade, são os carboidratos, como pão, macarrão, doces e biscoitos.

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Segundo a médica, o fígado desenvolve uma série de funções em nosso organismo, como auxiliar a digestão das gorduras e armazenar algumas vitaminas e minerais. “É um órgão que está completamente envolvido com o processamento de carboidratos, proteínas e lipídeos, sendo uma das suas funções analisar se os nutrientes ingeridos serão utilizados para dar energia ao seu corpo, além das funções que ele precisa realizar, ou se será armazenado”, conta.

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“Quando consumimos muito carboidrato, o nosso corpo precisa produzir insulina em excesso para que esse carboidrato entre na célula para gerar energia. Se temos muita insulina em nosso corpo, logo ela vai dizer que essa energia pode ser estocada, o que fará o acúmulo de gordura acontecer, inclusive, no fígado”, explica Paula.

Afinal, o que é gordura no fígado?

Trata-se de uma doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) ou esteatose hepática. “A DHGNA é uma condição em que há muita gordura acumulada no fígado. Se não tratada, pode levar a sérios problemas hepáticos como a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA). Essa última é causada quando essa gordura extra se transforma em inflamação (inchaço no fígado) e fibrose (cicatrização) do fígado”, conceitua.

Quando é suficientemente grave, a condição pode levar à cirrose ou câncer de fígado, necessitando de um transplante do órgão.

Paula menciona algumas causas para a doença, como ganho de peso, sedentarismo, resistência à insulina, genética e estilo de vida não saudável. Ao inflamar, o fígado pode evoluir com várias complicações como diabetes tipo 2, hepatite e até cirrose.

Como prevenir?

“Quanto mais grave a EHNA se torna, mais difícil é de gerir”, alerta a especialista. A quantidade de gordura no fígado pode ser reduzida através da nutrição, atividade física e de sono adequado. “Isso pode ajudar na DHGNA e na EHNA em todas as fases”, afirma ela.

Embora não existam terapias aprovadas, recomenda-se a modificação do estilo de vida por meio da nutrição e da atividade física, conforme Paula ensina a seguir:

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  • Escolhas alimentares saudáveis limitando o tamanho das porções;
  • Ser fisicamente ativo;
  • Ler os rótulos nutricionais para encontrar gordura, açúcar e sódio ocultos;
  • Ter uma meta de cinco porções de frutas e legumes por dia;
  • Comer alimentos ricos em fibras, incluindo grãos integrais;
  • Usar azeite virgem extra como principal gordura adicionada;
  • Consumir peixe de duas a três vezes por semana;
  • Trocar bebidas açucaradas e refrigerantes por água ou bebidas com poucas calorias;
  • Afastar-se de comidas rápidas e fritos;
  • Evitar ácidos gordos saturados.

Veja, no infográfico abaixo, os alimentos que devem ser priorizados na dieta para gordura no fígado:

Alimentos dieta gordura fígado


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