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Homens de meia-idade com esta característica têm maior risco de infarto
Os voluntários, reporta a revista Galileu, foram monitorados pelo Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA durante toda a vida ou até desistirem do estudo

Publicado em 01/02/2022 18:06

Foto/Reprodução


Homens de meia-idade que sofrem de estresse e se preocupam exageradamente tem um risco mais elevado de desenvolverem doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVC's) e diabetes tipo 2, revela um novo estudo citado pela revista Galileu.

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Realizado por pesquisadores da Universidade de Boston em parceria com o Centro Nacional de Transtorno de Estresse Pós-Traumático do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, os achados alarmantes do estudo foram publicados no Journal of the American Heart, da Associação Americana do Coração (AHA).

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Para efeitos da pesquisa, foram coletados dados durante décadas, nomeadamente informações que integram o Estudo de Envelhecimento Normativo feito com veteranos - cidadãos norte-americanos que lutaram em guerras - e não veteranos desde 1961. Sendo que de modo a discernir a associação entre preocupação/estresse e doenças cardiovasculares, os investigadores consideraram dados de 1.561 homens que, em 1975, tinham a idade média de 53 anos.

Os voluntários, reporta a revista Galileu, foram monitorados pelo Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA durante toda a vida ou até desistirem do estudo.

No começo da experiência, quando nenhum sofria de condições coronárias ou câncer, responderam a uma avaliação de grau de neuroticismo com o intuito de avaliar o nível de estresse. 

"O neuroticismo é um traço de personalidade caracterizado por uma tendência a interpretar situações como ameaçadoras, estressantes e/ou esmagadoras. Indivíduos com altos níveis de neuroticismo são propensos a experienciar emoções negativas – como medo, ansiedade, tristeza e raiva – com mais intensidade e frequência", disse num comunicado a principal autora do estudo, Lewina Lee, professora assistente de psiquiatria na Universidade de Boston.

Após essa primeira avaliação, os indivíduos voltavam num intervalo de três a cinco anos para realizar exames físicos e de sangue que poderiam denunciar a presença ou o risco de doenças cardíacas.

No decorrer dos anos, foram quantificados sete fatores de risco cardiometabólicos, como por exemplo pressão arterial e obesidade. Depois, os homens receberam uma pontuação a partir da presença ou não de fatores de risco.

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"Ter seis ou mais marcadores cardiometabólicos de alto risco sugere que um indivíduo tem grande probabilidade de desenvolver ou já desenvolveu doença cardiometabólica", explicou Lee.

A partir da análise desses marcadores e do cruzamento com a avaliação de neuroticismo, os cientistas concluíram que, entre 33 e 65 anos de idade, o número médio de fatores de alto risco cardiometabólico subiu em um a cada década. Entretanto, após os 65, essa subida foi mais lenta. Relativamente, à ligação com os níveis de estresse, a pesquisa determinou que homens mais preocupados registraram igualmente mais fatores cardiometabólicos de alto risco. Aqueles que apresentavam um maior grau de neuroticismo detinham uma chance 13% superior de ter seis ou mais fatores de risco para patologias cardíacas.

"Embora não saibamos se o tratamento da ansiedade e da preocupação pode diminuir o risco cardiometabólico, indivíduos ansiosos e propensos a preocupações devem prestar mais atenção à sua saúde cardiometabólica", conclui Lee.

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