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O que muda na prática se Covid virar endemia? Entenda
Alguns países europeus anunciaram que mudarão a forma como eles lidam com a doença provocada pelo coronavírus, com praticamente nenhuma das restrições adotadas nos últimos dois anos. Entenda o que muda na prática e se medidas do tipo fazem sentido no contexto atual.

Publicado em 08/02/2022 11:23

Menino de máscara em bicicleta passa em frente a grafite mostrando profissional de saúde injetando seringa de vacina em um coronavírus Sars-CoV-2 em Gaza, no dia 31 de dezembro. — Foto: Mohammed Abed / AFP


BBC - Ao longo das últimas semanas, países como Reino UnidoFrançaEspanha e Dinamarca decidiram que a Covid-19 não será mais encarada com uma pandemia e começará a ser tratada como uma endemia em seus territórios.

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Com isso, a doença provocada pelo coronavírus deixará de ser vista como uma emergência de saúde e muitas das restrições — uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal — cairão por terra.

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Embora anúncios do tipo fossem esperados, eles causaram muita confusão: em alguns casos, a endemia foi interpretada como o fim da Covid — quando, na verdade, estamos muito longe disso (e é bem possível que essa doença nunca desapareça).

 

Uma palavra, múltiplas interpretações

Para começo de conversa, vale esclarecer que uma endemia não é necessariamente uma boa notícia.

Ela apenas significa que há uma quantidade esperada de casos e mortes relacionadas a uma determinada doença, de acordo com um local e uma época do ano específicas. E esses números nem aumentam, nem diminuem.

A infecção pelo herpes simples, que provoca feridas na boca e na região genital, é uma endemia. Estima-se que pelo menos dois terços da população mundial com mais de 50 anos já tiveram contato com esse vírus. Apesar de incômodo, esse quadro não está relacionado a grandes complicações ou risco de óbito.

Por outro lado, outras doenças bem mais sérias e mortais, como tuberculose, Aids e malária, também são endêmicas. Só na malária, estima-se que cerca de 240 milhões de casos e 640 mil mortes aconteçam todos os anos, segundo as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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A questão, portanto, tem a ver com a estabilidade nas estatísticas relacionadas com aquela enfermidade. Quando esses números fogem do controle, a situação evolui para uma epidemia (se o problema for localizado numa região) ou para uma pandemia (caso a crise se alastre por vários continentes).

Leia reportagem completa direto do G1


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