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Advogada de fugitivos acredita que eles foram mortos na Penitenciária de Mossoró e pede prova de vida
A ação foi movida em nome dos familiares de Rogério e Deibson

Publicado em 19/02/2024 15:24

Foto/Reprodução


Da Ponta Negra News - A advogada Flávia Fróes, presidente do Instituto Anjos da Liberdade, que atua em prol dos direitos humanos para detentos, apresentou um pedido na Vara Federal de Mossoró buscando acesso às imagens das câmeras de segurança da Penitenciária local.

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A ação foi movida em nome dos familiares de Rogério e Deibson, fugitivos que, segundo a advogada, podem ter sido vítimas de um possível homicíddio encoberto como fuga.

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“Até o presente momento não há nenhuma prova de que eles saíram com vida da Penitenciária de Mossoró. Embora haja 190 câmeras na unidade, a informação pública é que apenas 77 estariam funcionando, o que torna improvável que nenhuma delas tenha detectado a suposta fuga dos dois”, declarou Flávia Fróes.

A advogada ressaltou que, sem uma prova de vida concreta, a defesa e a família aguardam o acesso às imagens das câmeras, alegando que isso poderá esclarecer se a fuga ocorreu de fato e se os detentos não foram vítimas de homicídio dentro da prisão.

Segundo a advogada, o juiz corregedor da Vara Federal de Mossoró afirmou que, nos últimos cinco meses, os presos não saíram de suas celas e não têm acesso ao banho de sol. Flávia considerou impensável a ideia de que os detentos teriam escapado roendo as paredes da cela e passando por uma fenda de apenas 70cm.

Flávia Fróes também questionou a evidência encontrada, uma camisa, afirmando que esta não pode ser considerada uma prova concreta. “Na quinta-feira, essa camisa apareceu no meio da mata e, na sexta-feira, surgiu a alegação de que eles teriam chegado a uma casa, alimentando-se e vestindo-se com essa camisa. A história simplesmente não fecha”, declarou a advogada.

“As mães dos detentos estão desesperadas, passando uma semana sem qualquer contato. Os filhos conhecem seus números de telefone e não deixariam de responder.” afirmou Flávia. Diante da falta de prova de vida e das circunstâncias questionáveis da fuga, a família e a defesa trabalham com a possibilidade de que os detentos não deixaram a penitenciária com vida, levantando hipótese sobre a possibilidade de tortura dentro do sistema penitenciário federal.


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