Do G1 - A BYD lançou neste sábado (19) a primeira picape híbrida plug-in do mercado brasileiro, o primeiro modelo deste segmento em seu portfólio e a caminhonete mais potente do país. Tantos títulos chegam por R$ 379.800.
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A Shark chega para brigar com as picapes médias, como VW Amarok, Ford Ranger, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. O mercado já tem uma picape híbrida, a Ranger Maverick, que não é plug-in, ou seja, não dá para carregar a bateria dela na tomada como na picape da BYD.
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Motorização
A picape híbrida possui 437 cv de potência e 65 kgfm de torque. De acordo com a BYD, essa potência é proveniente de uma combinação entre o motor 1.5 turbo de quatro cilindros que desenvolve 192 cv junto com dois motores elétricos. O propulsor elétrico entrega 228 cv e 31,6 kgfm de torque, enquanto o traseiro é responsável por mais 201 cv e 34,7 kgfm.
BYD Shark — Foto: Imagem: divulgação/BYD
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O g1 teve a oportunidade de rodar com a picape no autódromo de Interlagos antes do lançamento e, à época, já dava para ver que o desempenho dela era um dos melhores da categoria.
Segundo a fabricante, a picape acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. Até o lançamento da Shark, a Ford Ranger Raptor era a picape média mais potente do segmento, com seu motor 3.0 V6 a gasolina que entrega 397 cv.
A única picape da Ford, a Maverick, tem motor 2.5 e um conjunto elétrico que, combinados, entregam 194 cv e 28,5 kgfm. Porém, a proposta da Maverick não é a de proporcionar tanta esportividade quanto a Shark. A Maverick tem comportamento mais parecido com um carro de passeio do que com uma picape.
BYD Shark — Foto: Imagem: divulgação/BYD
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A bateria da BYD Shark é de 29,6 kWh. Com esse pack de baterias, a picape consegue autonomia de até 100 quilômetros no modo puramente. Contando com o motor a combustão, a autonomia total é de 840 km, mas ainda fica abaixo do alcance da Maverick, que na cidade pode chegar a 895 km.
Para o proprietário de uma Shark, o carregamento pode se tornar uma dor de cabeça no dia a dia. Em pontos de carregamento rápido, com alta voltagem, a bateria pode ser recarregada de 30% a 80% em até 20 minutos.
Contudo, nos carregadores domésticos, ela demora 9h recarregar. A explicação está na entrada de apenas 6,6 kWh da picape, o que é uma potência ligeiramente baixa perto de outros carros híbridos, que costumam receber mais de 7 kWh das tomadas convencionais (com corrente alternada).
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BYD Shark — Foto: Imagem: divulgação/BYD
Em nosso primeiro contato com a picape em uma pista de autódromo, deu para perceber que o comportamento da suspensão está dentro da medida do esperado para uma picape.
Entretanto, a rolagem da carroceria, apesar de ser um carro pesado (2.710 kg), não assustou, pelo contrário.
A suspensão merece tantos elogios quanto as arrancadas, sobretudo porque o sistema de amortecimento tem suspensão independente nas quatro rodas, enquanto as picapes tradicionais ainda carregam o obsoleto sistema de feixe de mola (que suporta mais peso, mas traz muita instabilidade).
O tamanho e o peso não impedem de extrair uma tocada esportiva e divertida com a Shark, o que pode fazer muitos consumidores repensarem suas opções por picapes com os tradicionais propulsores a diesel.