do G1 - O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo) afirmou que ficou impressionado com a frieza de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de mattar o empresário Luiz Marcelo Ormond. Imagens gravadas pela Polícia Civil e reveladas pelo Fantástico mostram Júlia sorrindo várias vezes ao longo do depoimento.
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"É um caso aberrante. Porque evidencia extrema frieza. Impressionante", disse o delegado.
Júlia Andrade Cathermol Pimenta está foragida da Justiça desde o dia 22 de maio, quando prestou depoimento e foi liberada. — Foto: Reprodução TV Globo
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Júlia prestou depoimento sobre a morte do namorado no dia 22, dois dias após o corpo dele ser encontrado em estado avançado de decomposição no apartamento onde os dois moravam, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio.
Em seu depoimento, Júlia revelou que percebeu que Luiz estava envolvido em conversas suspeitas enquanto ela dormia. Ela alega ter descoberto a existência de um perfil falso no Instagram. A situação teria culminado em uma discussão, na qual Júlia expressou o desejo de se separar.
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O delegado Marcos Buss lembrou ainda que Júlia deu todo seu depoimento de forma fria e que, em determinado momento, ele disse que ela era a principal suspeita pelo crime. Segundo ele, nem assim ela demonstrou alguma emoção.
"Eu falei pra ela: 'Essa história não condiz com a realidade. Você falou que gostava tanto do Luiz Marcelo e eu acabei de falar que ele foi encontrado mortto e você é a principal suspeita'. Ela não esboçou uma reação característica, uma reação típica de alguém que é confrontada com essa notícia", comentou o delegado.
O investigador disse ainda que também estranhou que a suspeita foi prestar depoimento sem a presença de um advogado. Segundo o delegado, somente depois de outros depoimentos foi possível entender melhor a participação de Júlia no crime.
"Nós ouvimos diversas pessoas naquela mesma data e ao longo do dia foram surgindo diversas informações e fomos reunindo tudo ali. No dia que ouvimos a Julia, inclusive, achamos que ela sequer iria comparecer a delegacia", disse.
No final do dia 22, o delegado apresentou o pedido de prisão temporária contra Júlia à Justiça, que aceitou e expediu o mandado de prisão contra ela. Desde então, Júlia Cathermol segue foragida da Justiça.
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Suyane Breschak, amiga de Júlia que se apresenta como cigana, foi presa por suspeita de participar da trama, recebendo bens da vítima, segundo a polícia.
Na delegacia, ela contou que conheceu Júlia há 12 anos, atuava como sua mentora espiritual e já havia feito “trabalhos” para ela com alguns ex-namorados. Disse ainda que, por conta desses “trabalhos”, Júlia contraiu uma dívida de R$ 600 mil e que vinha pagando, há cinco anos, R$ 5 mil mensais.
Suyane revelou que a suspeita trabalhava como garota de programa e que todos os “trabalhos” eram feitos para que os companheiros não descobrissem sua profissão. Suyany contou que soube da morte de Luiz Marcelo no dia 18, em um churrasco que fez com a amiga logo depois da entrega do veículo de Luiz.
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O carro da vítima teria sido entregue para amortizar a dívida em R$ 75 mil. O veículo, segundo a cigana, foi dado a um ex-namorado, que a ameaçava. Ele também teria recebido roupas e um ar-condicionado da vítima.
Victor Ernesto de Souza Chaffi também está preso, autuado pela recepção do carro.
Relembre o caso:
Júlia é acusada de oferecer a Luiz um brigadeiro enven€nado. Além disso, os policiais encontraram indícios de um possível goIpe na cabeça do empresário. Suyany Breschak, identificada como cúmplice, foi presa sob suspeita de ajudar Júlia a se desfazer dos bens do empresário falecido.