
Francisca Maria da Silva, de 32 anos, a filha Lauane da Silva, de 3, o filho Igno Davi da Silva, de 1, e o irmão Manoel Leandro da Silva, de 18, m0rreram após comer arroz env€nenado — Foto: Montagem/g1
do g1 - Francisca Maria da Silva, de 32 anos, m0rreu na madrugada desta terça-feira (7) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ela estava internada desde a última quarta-feira (1º) após comer arroz env€nenado com uma substância tóxica semelhante ao chumbibnho. Outras oito pessoas da família da mulher comeram o alimento. Dois filhos e o irmão de Francisca também m0rreram.
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Ao todo, nove pessoas da mesma família comeram o alimento. Além de Francisca, outras três m0rreram - dois filhos dela, de um ano e três anos, e o irmão dela, de 18 anos. Uma continua internada: a filha dela de quatro anos, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As outras quatro receberam alta.
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O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre a comida que foi ingerida pela família revelou que o venneno estava no baião de dois (arroz preparado com feijão) preparado por eles no dia anterior. Com o resultado, a Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como hommicídio
Segundo o médico Antônio Nunes, diretor do IML, o venneno foi colocado em grande quantidade no baião de dois. "Estava em todo o arroz, em grânulos visíveis", comentou o médico.
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Já no peixe que foi doado à família na noite do dia 31, nada foi encontrado. A princípio, suspeitou-se que o peixe estivesse envvenenado ou mesmo estragado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que o entregou às vítimas não é mais considerado suspeito pela Polícia.
Francisca tinha cinco filhos, e quatro deles m0rreram por envvenenamento. Além dos dois que fal€ceram após comer o baião de dois (arroz com feijão), outros dois m0rreram depois de comerem cajus env€nenados em agosto de 2024. A suspeita desse outro crimme está presa e foi denunciada por duplo hommicídio qualificado.
Ven€no foi colocado no dia 1º
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Laudo confirma envevnenamento em almoço de família no Piauí — Foto: Reprodução/TV Globo
No dia 31 de dezembro de 2024, noite de Réveillon, a família preparou uma ceia para comemorar a virada: carne, feijão tropeiro e baião de dois. Todos comeram, se divertiram e, de madrugada, alguns foram dormir e outros voltaram para suas casas.
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No dia seguinte, 1º de janeiro, eles retornaram à casa, e havia sobrado parte do baião de dois.
Pela manhã, um casal que realiza um trabalho social de doação de alimentos passou pela casa e doou para a família parte dos peixes que haviam doado também para outras casas da região.
A família então fritou os peixes e serviu no almoço do dia 1º, para acompanhar o baião de dois. Poucos minutos depois, começaram a sentir os efeitos do env€nenamento.
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Segundo o delegado, o venneno foi colocado no arroz no dia 1° de janeiro, porque a família comeu o mesmo prato, da mesma panela, na noite de Réveillon.
"No dia 31, a família fez o baião de dois e consumiu, mas ninguém passou mal. Só depois do meio dia do dia 1º começaram a sentir os efeitos", comentou o delegado.
Com a conclusão dos laudos, os investigadores buscam descobrir quem cometeu o crimme: se foi alguém da família ou se outra pessoa entrou na casa sem ser percebido e env€nenou o baião de dois.