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“Sua filha tem é dengo”, disse médico à mãe da menina morta por dengue; Relato é comovente
Para Camila, houve negligência por parte da equipe de saúde do hospital particular

Publicado em 24/11/2023 16:01

Foto/Reprodução


Enquanto Pietra Isaac, de 7 anos, era atendida em um hospital particular do Distrito Federal, o médico responsável pelo caso teria menosprezado o quadro de saúde da menina e dito à mãe da paciente que a criança tinha era “dengo”.

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Segundo Camila Isasc, mãe de Pietra, o profissional ressaltou que a criança estava “dengosa duas vezes”, porque a garotinha também foi diagnosticada com dengue. Para tratar a doença, ele indicou repouso em casa e ingestão de líquidos. A menina acabou morrendo dois dias depois.

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Para Camila, houve negligência por parte da equipe de saúde do hospital particular. A mulher decidiu, nesta quinta-feira (23/11), registrar boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), que vai investigar o caso. As supostas falas do médico constam no documento.

Pietra havia sido levada para o Hospital Daher, no Lago Sul. Porém, o estado dela piorou, e a criança começou a vomitar sangue. Então, a família levou a menina para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), mas ela morreu na última sexta-feira (17/11).

O primeiro diagnóstico recebido por Pietra apontava para um quadro de bronquite e virose, com receita de medicamentos para tratar sintomas respiratórios. No dia seguinte, a menina voltou ao Daher, porque teve piora na saúde.

Outra médica atendeu a paciente e afirmou que Pietra estava, na verdade, com dengue. Em seguida, orientou que a família buscasse o Hmib – unidade de saúde da rede pública considerada referência para esse tipo de atendimento em crianças. No entanto, na troca de plantão, o médico citado avaliou a garota, discordou da profissional anterior e disse que o tratamento poderia ser feito em casa, apenas com hidratação e descanso.

Como Pietra apresentou vômito de sanggue, febre alta e falta de apetite, a mãe dela a levou ao Hmib, onde a menina ficou internada na unidade de terapia intensiva (UTI) e precisou ser intubada.

“Foi um descaso, desumano. Você [fica] largado de qualquer jeito, implorando para tomar remédio, para ser internado. Um hospital que tem pediatria, mas não internação pediátrica? O que é isso? [São] despreparados. Se aconteceu com a minha, com quantos outros não aconteceu [também]?”, questionou, em relação ao atendimento no Hospital Daher.

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Metrópoles


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