Brasil
[VÍDEO] Aos gritos, juíza manda testemunha chamá-la de excelência e cancela depoimento
A testemunha não entende a situação, pede desculpa, mas se coloca à disposição

Publicado em 28/11/2023 23:32

Foto/Reprodução


Da Folha - A juíza substituta Kismara Brustolin, da Vara de Trabalho de Xanxerê, em Santa Catarina, virou alvo da Corregedoria do TRT-12 (Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região) nesta terça-feira (28) após a repercussão em redes sociais de um trecho do vídeo de uma audiência judicial em que ela aparece gritando com uma das testemunhas.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

A audiência ocorreu há duas semanas, em 14 de novembro, por volta das 15h, no formato de videoconferência. Procurada pela reportagem, a juíza afirmou que não irá se manifestar.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

No vídeo que circula na internet, a juíza trabalhista grita com uma das testemunhas, exigindo que ele a chame de “excelência”. “Você tem que dizer assim: o que a senhora deseja, excelência?”, diz.

A testemunha não entende a situação, pede desculpa, mas se coloca à disposição. “Eu chamei a sua atenção. O senhor tem que responder assim: o que a senhora deseja, excelência? Repete, repete”, insiste ela.

“Eu sou obrigado a isso?”, pergunta a testemunha, aparentando constrangimento. “O senhor não é obrigado, mas, se não fizer isso, seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”, responde a juíza.

Quando a testemunha tenta explicar o que teria a contribuir com o processo judicial, a juíza interrompe a fala dele, chama o homem de “bocudo” e determina sua retirada da videoconferência.

Na sequência, a juíza diz ao advogado do caso que desconsiderou o depoimento do homem porque ele “faltou com a educação”. “Se o senhor quiser registrar os seus protestos, eu aceito e o senhor pode recorrer. Ele [a testemunha] não cumpriu a urbanidade e a educação”, continua ela.

A reportagem não conseguiu contato nesta terça com a testemunha e com o advogado. Apenas as partes envolvidas no processo judicial participaram da videoconferência conduzida pela juíza.

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -

Procurado, o TRT-12 divulgou uma nota na qual sustenta que se trata de “um fato isolado” e que a conduta da juíza será apurada pela corte, no âmbito da Corregedoria.

Veja o vídeo:

- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -


COMPARTILHAR NO WHATSAPP