Do Smartia - Se você possui um seguro automóvel, sabe que o seu veículo está protegido, e por isso, provavelmente, trafega mais tranquilamente pelas ruas. Ainda assim, alguns prejuízos não são quitados pela seguradora de veículo, e não adianta acionar o seguro do carro. Afinal, não são todos os sinistros cobertos por um seguro de veículo.
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Diferente do que muita gente pensa, a primeira coisa a se fazer após um sinistro não é acionar o seguro do carro. Na verdade, o usuário precisa avaliar o dano ao veículo, e então decidir se vale a pena acionar a proteção.
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Por mais que pareça estranho, em algumas situações não compensa, financeiramente, acionar o seguro. Nelas, é melhor resolver a situação de outra forma, geralmente assumindo os prejuízos do próprio. Acompanhe a seguir os cenários em que não é indicado acionar o seguro do carro.
Quais as situações em que o usuário não deve acionar o seguro do carro?
Precisa de um guincho 24 horas, mecânico 24 horas ou outras proteções, mas não sabe se deve acionar seguro de veículo?
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Confira aqui situações em que você não deve acionar o seguro do carro!
1. Quando o seguro não possui a cobertura
Como já citado, o seguro veicular nem sempre cobre tudo o que acontece com o veículo.
Na verdade, a seguradora só garante a proteção contra os itens que você contratou.
Imagine que você possui um seguro básico, que só cobre roubo, furto e incêndio.
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Caso uma colisão aconteça, a seguradora não cobrirá os danos.
Afinal, o seu plano não possui essa cobertura.
Por isso, antes de contatar a seguradora de veículo, saiba muito bem o que sua apólice contempla e quais são os serviços que você pode ou não utilizar.
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As coberturas mais comuns são as que protegem o carro contra furto, roubo, colisão, incêndio e queda de raios.
Além dessas, o consumidor pode adquirir coberturas adicionais, como para a proteção de acessórios (como o kit gás) e para o uso da assistência 24 horas.
Na hora de definir as melhores coberturas ao seu veículo, será interessante contar com um corretor.
Especialista no assunto, ele poderá te auxiliar na definição das proteções essenciais, e das dispensáveis.
Para um usuário que não possui rádio veicular, por exemplo, a proteção para o equipamento é desnecessária.
O custo de um seguro é definido com base nas coberturas contratadas.
Ele também varia por seguradora, além de pelo perfil de risco do usuário.
Quanto maior as chances de um indivíduo sofrer um sinistro, mais caro costuma ser seu seguro.
Para essa análise, são considerados dados como a idade do motorista, tempo de habilitação, histórico de sinistros e número de condutores do veículo.
2. Acidente provocado por terceiro
A regra é simples: quem provoca o acidente e os danos é o responsável pelo pagamento do reparo de todos os veículos envolvidos.
Assim, se você estava andando pela rua e um carro bateu no seu, ele deverá providenciar os reparos.
Logo, você não precisará acionar o seu seguro.
Se o terceiro possui um seguro, ele poderá acionar a cobertura de Responsabilidade Civil do plano dele.
Caso ela ou o seguro não existam, será preciso que ele arque com o prejuízo tirando valores do próprio bolso.
Para maior segurança de que o seu prejuízo será pago, é importante registrar um Boletim de Ocorrência na polícia.
O documento permitirá que, se problemas acontecerem, o motorista vitimado abra processo judicial contra o culpado pelo acidente (seja réu primário ou não).
Apesar da obrigação de pagamento pelo culpado infelizmente ela nem sempre ocorre.
Como no caso da fuga do outro motorista, sem que seja possível identificá-lo.
Nessas situações, o usuário pode acionar o seu seguro para fazer a reparação do veículo.
Aqui, a seguradora poderá não cobrar franquia, já que a culpa do ocorrido foi de um terceiro.
3. Pequenos danos e avarias
Você já parou para verificar qual o valor da sua franquia de seguro?
O mais comum é que ela possua valores acima de R$ 1 mil, pois assim a divisão de custos entre segurado e seguradora é mais equilibrada.
A franquia é a parcela de responsabilidade do consumidor no pagamento de danos parciais.
Danos parciais ocorrem quando o custo do reparo é menor do que 75% do valor do carro.
Luís contratou um seguro com franquia de R$ 1 mil, e bateu o carro.
O custo para o reparo será de R$ 2.500, valor menor do que 75% do valor do carro.
Logo, para o conserto do veículo, Luís terá que pagar R$ 1 mil à oficina (já que este é o valor da sua franquia).
Já a seguradora irá quitar os R$ 1,5 mil restantes.
Casos de perda total não cobram franquia.
Tudo isso quer dizer que, ao acionar o seguro por um sinistro parcial, o usuário precisa pagar sua franquia de seguro para ter o veículo reparado.
Porém, se o valor do reparo for menor do que a franquia, a seguradora não arcará com o prejuízo.
Até porque, a opção não compensaria ao usuário.
Por exemplo: seu carro sofreu um pequeno amassado, com custo de R$ 400 para o conserto.
O valor é bem menor do que a sua franquia de R$ 1 mil, e por isso vale mais a pena levar o carro amassado à oficina por conta própria.
Outra vantagem de não acionar o seguro do carro é que, assim, o usuário mantém a sua classe de bônus.
Os bônus funcionam como pontos, que são acumulados todas as vezes que o seguro é renovado sem nenhum sinistro ocorrido no contrato anterior.
É possível chegar a até 10 classes de bônus, e cada uma delas rende um percentual de desconto no custo do seguro.
4. Quilometragem acima da contratada
A assistência 24 horas pode ser bastante útil para te ajudar em casos de problemas mecânicos, elétricos ou pane seca.
A questão é que, muitas vezes, ela possui um limite de quilometragem para atender aos segurados.
Isso significa, por exemplo, que se o limite é de 20 km, e você está a 100 km da sua cidade de residência, o serviço não será autorizado pela seguradora.
Por isso, é melhor não acionar o seguro do carro.
Se você viaja muito, compensa mais ter uma quilometragem ilimitada.
Assim, você poderá ser atendido em todo país.
Caso contrário, estará por conta própria.
É importante dizer, de qualquer forma, que o acionamento da assistência 24 horas e do guincho não configuram um sinistro.
Por isso, não há o pagamento da franquia, e a classe de bônus não é afetada.
Como funciona o seguro auto?
Na hora de contratar um seguro automóvel, é importante saber como esse serviço funciona.
Como citado, um seguro cobre perdas parciais e totais do carro.
Isso desde que o sinistro ocorrido tenha tido cobertura contratada pelo segurado.
Uma perda parcial acontece quando os danos ao veículo são inferiores a 75% do seu valor de mercado.
Nessa situação, o auto é levado à oficina, para conserto.
Então, a seguradora paga parte do valor necessário, enquanto o segurado paga o restante.
A parte paga pelo segurado é a franquia do seguro.
Seu valor é determinado na apólice da proteção, e pode ser fixo ou percentual.
Já a perda total, ou integral, acontece quando os danos ao carro são superiores a 75% do seu valor de mercado.
Nessa situação, o veículo não pode ser consertado.
Então, o usuário recebe a indenização integral, para que possa adquirir um novo carro.