Nordeste
Médico é investigado por ‘harmonização de bumbbum’ em paciente que m0rreu horas depois de procedimento

Publicado em 14/01/2025 06:17

Foto/Reproducao


do g1 - O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) informou que irá investigar o médico responsável por uma “harmonização de bumbbum” realizada horas antes de Adriana Barros Lima ser encontrada m0rta em casa.

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Segundo a entidade, o médico que fez o procedimento, Marcelo Vasconcelos, não tem inscrição ativa no conselho do estado e a clínica Bodyplastia, onde o profissional atende, não possui estrutura adequada para a realização de intervenções como a que foi realizada em Adriana.

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O Cremepe se pronunciou sobre o assunto através de uma nota encaminhada à TV Globo. O Conselho de Medicina decidiu abrir a investigação por iniciativa própria, devido à repercussão da m0rte de Adriana Barros, e realizou uma fiscalização emergencial na clínica Bodyplastia, localizada num empresarial no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife.

“Durante a vistoria, foi constatado que o médico responsável pelo atendimento não possui registro regular junto a este Conselho Regional e que o ambiente em que o procedimento foi realizado não é adequado para a realização desse tipo de intervenção, o que o torna incompatível com os requisitos de segurança exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)”, informou o órgão.

Entenda o caso 

  • Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, foi encontrada m0rta no banheiro de casa horas após realizar uma “harmonização de bumbbum”;
  • Segundo familiares, Adriana se queixou de dores intensas logo depois de ser liberada pela clínica Bodyplastia, onde realizou a intervenção;
  • O procedimento foi feito pelo médico Marcelo Alves Vasconcelos;
  • Nas redes sociais e em seu site, Marcelo Vasconcelos diz que utiliza polimetilmetacrilato nos procedimentos, uma substância conhecida como PMMA;
  • A página do médico afirma que a “harmonização corporal” com PMMA não é perigosa, "desde que realizada por profissionais capacitados, em locais aprovados pela vigilância sanitária e com produto autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)";
  • A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), no entanto, é contrária ao uso do PMMA e recomendou, em novembro de 2024, que a Anvisa banisse a substância, por conta de “enorme preocupação com a saúde da população”;
  • A defesa de Marcelo Alves Vasconcelos afirmou que “a paciente foi vitimada por uma fattalidade, que nada tem a ver com qualquer falha da profissional”.


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