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“Foi erro deles”, diz mulher que reivindica prêmio da Mega da Virada

Publicado em 13/01/2025 10:40

Foto/Reproducao


Metropoles — A mulher que diz ter acertado a Mega da Virada, mas que o jogo não foi registrado, reforça que foi um erro da lotérica onde fez a aposta que lhe tirou o prêmio milionário.

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Elza Jesus de Almeida, 64 anos, moradora do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, afirma ter acertado os números que foram sorteados na Mega no último dia 31 de dezembro, e que a operadora da lotérica não registrou o jogo. 

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De um canhoto com três apostas, teriam sido registradas apenas as duas primeiras. A terceira era justamente a combinação de números sorteados: 01 – 17 – 19 – 29 – 50 – 57.

Em entrevista ao Metrópoles no dia 1º/1, Elza admitiu que errou ao não verificar os comprovantes.

“Foram oito jogos, foi bastante, eu não contei. Se eu tivesse contado, eu saberia que tinha um faltando. E quando ela cobrasse, eu falaria ‘não, pera aí, faltou um’, mas eu não contei. Nem imaginava isso, eu confiei”, conta.

Para a mulher, no entanto, a culpa pelo erro é da máquina que registra os jogos. “Ela pôs essa cartela lá dentro da maquininha, por que registrou as duas de cima e a de baixo não?”, questionou.

Saga para provar versão

Desde que viu o resultado da Mega, no dia 31/12, Elza tem adotado diversas medidas para provar que jogou os números sorteados e, assim, receber o prêmio ao qual teria direito.

Nos dias seguintes ao sorteio, ela e o filho chegaram a procurar a polícia e a própria lotérica para ter acesso às imagens do circuito de segurança do estabelecimento.

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Na última sexta-feira (10/1), a mulher notificou a casa lotérica extrajudicialmente e acionou a Justiça para que essas imagens sejam preservadas e enviadas ao seu advogado, Evandro Rolim.

À reportagem, Evandro disse que o objetivo é verificar as imagens do momento em que Elza fez o jogo da Mega da Virada. Em seguida, pedir ao perito judicial um laudo que constate a entrega dos números sorteados para a operadora da casa lotérica.

“Caso o laudo seja positivo, a minha cliente entrará com ação judicial de indenização com fundamento na teoria da perda de uma chance, uma vez que ficou demonstrado que ela tinha probabilidade real e certa de ganhar e só não ganhou por erro no sistema”, disse o advogado.

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De acordo com a notificação extrajudicial, a lotérica teria três dias corridos, a partir do envio do documento, para fornecer as imagens. Já a solicitação judicial precisa passar pela avaliação de um juiz para valer.

Esperança

Elza conta que ainda tem esperança de receber o dinheiro, “porque foi erro deles”, se referindo à lotérica no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo, onde fez a aposta, e à Caixa Econômica Federal.

Ela diz que está disposta a enfrentar a Justiça mesmo que o processo se estenda. “Eu falo pra Deus que eu não estou errada, por isso que eu tenho fé que eu vou ganhar”, disse.

“O resto da minha vida eu vou correr atrás. Antes de eu morrer, eu quero ver o resultado, porque eu não estou errada”.

Repercussão do caso

Elza disse que, desde o ocorrido, nunca mais voltou à lotérica – cujo dono era seu amigo pessoal – porque se sente “humilhada” e “uma coitada”. A mulher afirmou também se sentir assim quando anda na rua e as pessoas comentam com ela sobre o caso.

“Eu fui no lá no centro da cidade duas vezes, na 25 de março e no Brás, o pessoal comenta. Uns falam… 85% falam que ‘sim, eu tenho chance de ganhar’. E o restante não, falam que eu fiz [o jogo] depois, mas eu não fiz”, contou.

Questionada sobre como se sente em relação às pessoas que duvidam que ela esteja falando a verdade, Elza demonstrou indignação. “Aquele lá em cima está vendo que eu não fiz. Jamais eu ia fazer isso. Eu tenho 64 anos, jamais eu ia mentir. Nunca fiz isso, pra que eu ia fazer isso?”, questionou.

Segundo a mulher, o caso tem tirado seu sono, apetite e atrapalhado o rendimento no trabalho. “Eu estou me sentindo mal, eu estou passando mal, eu não estou bem”, disse.

“Eu não queria ficar triste assim. Eu queria tirar isso de mim, mas não consigo”.

Caixa se posicionou

Procurada pelo Metrópoles, a Caixa Econômica Federal se manifestou sobre o caso, e informou, no dia 2/1, que o recibo emitido pelo terminal de apostas é o único documento que comprova o registro da aposta e habilita ao recebimento de prêmios.


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