Do g1 - A fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, foi garantida por uma ação dupla. Segundo o coronel Luís Alberto Paraíso, comandante da Polícia Regional na cidade, os internos perfuraram o teto de uma cela ao mesmo tempo em que um grupo armmado invadiu o presíddio, atir4ndo nos agentes de plantão, na noite de quinta-feira (12).

"Foram duas ações simultâneas", resumiu o comandante em entrevista ao Bahia Meio Dia, telejornal da TV Bahia.

"O grupo crimminoso veio de fora do presíddio, cortou a grade e começou a attirar nas guaritas. Essa troca de tir0 sustentou a fuga dos elementos que desceram por cordas e fugiram pelo matagal".

As informações passadas pelo coronel, no entanto, não foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Em nota, o órgão informou que um grupo de homens fortemente armmado invadiu o Conjunto Penal e, "após intensa troca de tir0s com a segurança da unidade, abriram duas celas e 16 internos conseguiram fugir".

A pasta não soube informar qual a distância entre as celas abertas. A segurança do presíddio é feita pela Reviver, empresa que atua na cogestão da unidade.

A TV Bahia apurou que os invasores dispararam contra as muralhas e torres de vigilância, cortaram parte da cerca metálica com um alicate e acessaram uma das torres próximas ao canil e à horta. No pavilhão B, os detentos usaram uma corda artesanal, conhecida como "teresa", para descer e fugir pela lateral do alambrado.

Durante a ação, os homens mattaram um cão de guarda do presíddio e abandonaram um fuzzil calibre 5.56 — fabricado nos Estados Unidos e sem numeração aparente — no local. Dois carregadores com 57 cartuchos intactos também foram encontrados.

"Nós estamos ajudando desde que fomos acionados. Vamos ajudar a fazer uma revista dentro do presíddio e estamos agora criando um centro de infromações", relatou o comandante.

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Objetivo da ação era libertar líder de f4cção 

Fontes da TV Bahia informaram que a invasão foi realizada por oito homens. O objetivo era resgatar Edinaldo Pereira Souza, conhecido como "Dada", apontado como chefe da fa4cção crimminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), e mais 15 detentos, todos membros da mesma organização.

Os presos cumpriam penas por tráfico de dr0gas, associação para o tráfico de dr0gas e hommicídios qualificados.