Brasil
Homem m0rre ao receber 4 doses de quimioterapia de uma vez

Publicado em 28/12/2024 10:03 - Atualizado em 28/12/2024 10:03

Foto/Reproducao


do g1 - A Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, m0rreu após receber quatro doses de quimioterapia de uma única vez durante tratamento no hospital MedSênior, em Belo Horizonte, em agosto deste ano.

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O enfermeiro e a médica responsáveis pelo tratamento foram indiciados por hommicídio por dolo eventualquando não há intenção, mas se assume o risco de mattar. A pena pode variar de 6 a 20 anos de prisão.

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O g1 procurou a MedSênior, que afirmou que "confia no Poder Judiciário e está à disposição para colaborar com as autoridades".

O profissional ignorou as etiquetas que estavam nas outras seringas, que tinham nomes de outros pacientes que recebiam o tratamento.

O enfermeiro comunicou a situação à enfermeira-chefe, mas não registrou o incidente no prontuário e ainda retirou a etiqueta de todas as injeções. A médica responsável também foi comunicada e não tomou nenhuma atitude.

"O enfermeiro viu o erro dele e não fez nenhuma evolução no prontuário do meu pai. A enfermeira-chefe comunicou à médica, que não deu assistência alguma. Se tivessem feito alguma coisa, uma hemodiálise, por exemplo, ele estaria vivo", lamentou Carolina Araújo, filha de Nilton, que acompanhou as investigações.

Médica e enfermeiro assumiram risco 

Ainda de acordo com a investigação, a conduta da médica e do enfermeiro contribuiu para o agravamento do estado de saúde da vítima.

Nilton apresentou um mal-estar no dia em que recebeu a superdosagem e continuou com a saúde debilitada nos dias seguintes. Ele m0rreu quatro dias depois.

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De acordo com a família, o enfermeiro e a médica indiciados não trabalham mais na rede de hospitais MedSênior. Os dois estavam cientes dos protocolos de segurança previstos pela empresa, mas não o seguiram.

A investigação ouviu testemunhas, analisou prontuários médicos e laudos periciais e concluiu que os profissionais assumiram o risco de mattar ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a m0rte do paciente.


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