Investigação
Polícia investiga m0rte de bebê após comer granola de açaí no RN

Publicado em 24/04/2025 11:33 - Atualizado em 24/04/2025 11:33

Foto/Reproducao


Do g1 - A P0lícia Civil do Rio Grande do Norte investiga a m0rte de uma bebê de oito meses e a internação de uma prima de segundo grau, de 50 anos, em uma UTI, por suspeita de enven€namento. O caso aconteceu na semana passada em Natal.

A família mora no bairro Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, e procurou a p0lícia após orientação da equipe médica que atendeu as vítimas.

Segundo a família, Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, e a filha da sua prima, a pequena Yohana Maitê Filgueira Costa, de oito meses, passaram mal após consumirem açai e granola que Geisa ganhou como presente, deixado na casa dela por um motoentregador no dia 14 de abril.

A P0lícia Civil confirmou que investiga o caso, mas disse que ainda aguarda laudos periciais para confirmar se, de fato, houve env€nenamento.

"O alimento consumido foi encaminhado para análise toxicológica, mas o laudo pericial ainda não foi concluído. Existe a possibilidade de enven€namento, contudo, qualquer afirmação nesse sentido, neste momento, seria precipitada. Testemunhas foram ouvidas e a P0lícia Civil segue acompanhando o caso para dar continuidade à apuração dos fatos", informou a corporação.

Família recebeu três encomendas 

Ao todo, foram três dias recebendo encomendas na casa da família, levadas por motoentregadores, segundo Yago Smith, filho de Geisa. Veja a cronologia das entregas abaixo:

  • 13 de abril: Geisa recebeu um urso de pelúcia e chocolates de origem desconhecida, consumiu o alimento, mas nada aconteceu.
  • 14 de abril: Geisa recebeu outra entrega, desta vez de açaí com granola. Ela consumiu o açaí e dividiu a granola com Yohana. Em seguida, ambas passaram mal e foram socorridas. A bebê m0rreu ainda na ambulância, enquanto Geisa recebeu alta após medicação.
  • 15 de abril: Geisa acordou se sentindo bem, segundo seu filho Yago. A família ainda não relacionava a m0rte da criança com as entregas. No mesmo dia, outra entrega de açaí chegou, e Geisa consumiu o alimento. Segundo Yago, ela passou mal em 15 minutos, foi levada para a UPA e ficou internada em estado gravve. Os médicos recomendaram que a família procurasse a polícia.

Mãe da bebê, a dona de casa Danielle Priscila Silva conta que a filha m0rreu ainda na UPA, pouco antes de ser transferida para um hospital.

"Os sinais vitais dela estavam baixo, o batimento do coraçãozinho baixo, mas com o tempo, ela teve uma melhora, tentaram transferir ela da UPA para o Hospital Maria Alice. A gente não chegou a sair nem da UPA. Na UPA mesmo, dentro da ambulância, minha filha veio a óbbito", lembra.

Também levada para a UPA, Geisa tomou uma medicação para acalmar, porque os profissionais que a atenderam acreditavam que o mal estar era relacionado à forte emoção.

Segundo o filho, Geisa v0mitou e o mal estar passou. "Na terça-feira ela acordou muito bem como se nada tivesse acontecendo, somente triste pela notícia do fal€cimento", lembra Yago.

Apesar da m0rte da sobrinha, a família não relacionou os presentes ao caso. No terceiro dia, na terça-feira, 15 de abril, mais açaís chegaram à casa de Geisa.

"Ela recebeu novamente uma encomenda de motoentregador. Até então, a gente não tinha maldado nada, não tinha imaginado nada do tipo. Ela guardou novamente no congelador, almoçou, e após o almoço ela tomou açaí. Dessa vez, não passou nem 15 minutos e ela já começou a passar muito mal. E aí meu irmão mais velho levou ela pra UPA. Dessa vez, ela foi e ficou, porque ela já ficou em estado muito gravve", conta o filho de Geisa.

Segundo ele, os médicos começaram a desconfiar de env€namento por causa dos sintomas apresentados pela mulher: "Ela estava suando bastante, tremendo a mão, não tinha força nem pra falar nada, espumando, e aí começaram a desconfiar que aquilo era caso de env€nenamento", disse.

Ainda de acordo com ele, a p0lícia já colheu digitais e busca identificar o motoentregador para saber quem pediu as corridas. 


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