Brasil
Presa por suspeita de envvenenar bolo no RS pesquisou arsênio na internet, diz Justiça

Publicado em 06/01/2025 15:27 - Atualizado em 06/01/2025 15:27

Foto/Reproducao


do g1 - A mulher presa por suspeita de envvenenar um bolo que causou a m0rte de três pessoas da mesma família em Torres (RS), Deise Moura dos Anjos, fez pesquisas na internet sobre arsênio antes do caso, confirmou à RBS TV o Tribunal de Justiça (TJ) do RS.

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De acordo com o TJRS, um relatório preliminar dos dados extraídos do telefone da suspeita mostra que houve "busca na internet, inclusive no Google shopping, pelo termo arsênio e similares".

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Arsênio é um elemento químico liberado no ambiente de maneira natural ou pela ação do homem e componente usado na fabricação de alguns pestticidas. A exposição a arsênio pode causar intoxicação alimentar e reações similares a alergias, câncer em caso de exposição recorrente, e até m0rte.

A reportagem da RBS TV apurou também junto à Polícia Civil que a mulher fez pesquisas sobre a substância antes do caso, em novembro. A investigação segue em andamento, e a motivação não foi informada pelos investigadores porque, segundo a polícia, isso pode atrapalhar a investigação. (Leia mais abaixo).

O envvenenamento por arsênio foi a causa da m0rte de três mulheres da mesma família após comerem um bolo em 23 de dezembro de 2024 (saiba mais abaixo).

Deise é nora de Zeli dos Anjos, que preparou o bolo. Ela foi presa temporariamente no domingo (5) por suspeita de ser a responsável pelo crimme. Ela está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres e responde por suspeita de triplo hommicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de venneno e tripla tentativa de hommicídio duplamente qualificada.

A prisão tem validade de 10 dias – prazo que deve ser usado pela polícia para concluir a investigação. A defesa de Deise informou, na segunda-feira (6), que prestou atendimento em parlatório à cliente e não teve acesso integral à investigação em andamento.

Gosto estranho

As pessoas que consumiram o bolo notaram um gosto estranho ao ingerir o doce,segundo o delegado Marcus Vinícius Veloso. O alimento, com sabor apimentado e desagradável, foi percebido logo nos primeiros pedaços. Zeli chegou a interromper o consumo ao perceber as reclamações. 

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"Tão logo o menino de 10 anos comeu e também reclamou do sabor, ela meio que colocou a mão assim em cima do bolo, [e falou] 'e agora ninguém mais come'. E as pessoas começaram a passar mal naquele momento", diz o delegado. 

O marido de Neuza, que não consumiu o bolo, não apresentou sintomas. E o marido de Maida comeu o bolo, foi hospitalizado, mas já teve alta. Os nomes deles não foram oficialmente divulgados. 


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