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Foto/Reproducao

Do g1 - A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Tejupá (São Paulo), iniciada em 1º de janeiro, saiu do campo político para ganhar contornos policiais. O processo, inicialmente marcado por embates e impasses, culminou em uma grave ammeaça contra o vereador Alexandre Aparecido Dias dos Santos, que recebeu um recado intimidatório acompanhado de munnições jogados no quintal de sua casa.

O cenário político envolvia duas chapas rivais, formadas por oito dos nove vereadores do legislativo municipal. Desde a posse, a votação para definir a Mesa Diretora vinha sendo marcada por sucessivas tentativas frustradas. Sessões especiais ocorreram ao longo de quarta, quinta e sexta-feira, mas sem consenso entre os parlamentares.

AM€AÇA DIRETA

Enquanto isso, Alexandre Dias, diagnosticado com Covid-19, estava afastado por orientação médica e não participou das primeiras sessões. Com o acirramento da disputa, o clima político extrapolou os limites e assumiu contornos de am€aça direta.

CARTA ENROLADA EM PR0JÉTEIS

Na manhã da segunda-feira, 6 de janeiro, Alexandre encontrou uma sacola em seu quintal contendo uma carta com erros de grafia, enrolada em três balas de armma de fogo. A mensagem dizia:

Se você votar no Edemir amanhã você vai levar bal4 na cabeça você já está avisado cuidado em, anda fazendo caminhada na boca da noite sozinho fica esperto. Eu não estou brincando é o último aviso malandro.”

Mesmo após o episódio, a sessão que definiu a Mesa Diretora foi realizada na mesma segunda-feira, por volta do meio-dia, poucas horas depois da ammeaça. Alexandre Dias, que havia recebido liberação médica no domingo, votou e acabou ocupando o cargo de vice-presidente na chapa vencedora, liderada por Edemir da Garagem.

REGISTRO POLICIAL E INVESTIGAÇÕES

Após o ocorrido, Alexandre Dias, acompanhado do advogado da Câmara Municipal, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil. A investigação busca identificar os responsáveis pela am€aça.